- CENTROS DE ARBITRAGEM DE COMPETÊNCIA GENÉRICA
(ao abrigo da Lei n.∨dm; 144/2015, de 8 de setembro)
Centro de Arbitragem de Conflitos de Consumo de Lisboa
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arbitragem de competência regional
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CNIACC - Centro Nacional de Informação e Arbitragem de Conflitos de Consumo
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Centro de Informação, Mediação e Arbitragem de Conflitos de
Consumo do Algarve
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CIMAAL - Centro de Informação, Mediação e Arbitragem de Conflitos de Consumo
do Algarve
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Centro de Arbitragem de Conflitos de Consumo do Distrito de
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Centro de Arbitragem de Conflitos de Consumo de Lisboa
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Centro de Arbitragem de Conflitos de Consumo do Vale do Ave /
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Centro de Informação, Mediação e Arbitragem de Consumo
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- CENTROS DE ARBITRAGEM DE COMPETÊNCIA ESPECIFICA -
SETOR AUTOMÓVEL
Centro de Arbitragem do Setor Automóvel
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OUTRAS ENTIDADES DE RESOLUÇÃO ALTERNATIVA DE LITÍGIOS DE CONSUMO
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Quando uma pessoa ou uma equipa quer melhorar em alguma área, precisa em primeiro lugar de perceber qual é o ponto a que quer chegar. A seguir vem a escolha de qual o melhor caminho para o fazer e depois começa o verdadeiro. A palavra coaching tornou-se conhecida por todos mas nem sempre pelas melhores razões. Em muitos casos está associada a práticas sem validação científica ou praticada por pessoas sem habilitações ou experiência profissional para o desenvolvimento de uma relação de ajuda. Como psicóloga e especialista em processos de...
“The purpose of psychotherapy is to set people free” Rollo May Começo por dizer que a minha psicoterapia foi um dos melhores investimentos que fiz na vida. Foi difícil, exigente, passei por várias fases e tive de me confrontar (ainda tenho) com os meus pontos de dor e com os meus lados menos agradáveis e que eu preferia ignorar. E tem tanto de difícil como de libertador, reconfortante, revigorante. Tal como afirma Rollo May, a psicoterapia é um caminho de liberdade, de afastamento das regras, ideias e reações que não escolhemos, numa procura de quem somos....
Quando uma pessoa ou uma equipa quer melhorar em alguma área, precisa em primeiro lugar de perceber qual é o ponto a que quer chegar. A seguir vem a escolha de qual o melhor caminho para o fazer e depois começa o verdadeiro. A palavra coaching tornou-se conhecida por todos mas nem sempre pelas melhores razões. Em muitos casos está associada a práticas sem validação científica ou praticada por pessoas sem habilitações ou experiência profissional para o desenvolvimento de uma relação de ajuda. Como psicóloga e especialista em processos de...
Covid-19. Por que motivo se fala mais em distanciamento social do que físico? É uma “opção política que cumpre uma função”
Inicialmente aconselhado pela Organização Mundial de Saúde e incorporado pelos governos dos vários países, o distanciamento social foi rapidamente replicado e entrou no léxico e na prática globais. Mas a distância social tem uma carga maior do que, por exemplo, a distância física. A opção pelo ‘social’ foi um equívoco ou uma decisão consciente? E após os primeiros meses de pandemia, ainda faz sentido insistir no ‘social’ quando se fala de distanciamento?
Atividades extracurriculares ou trabalho infantil: descubra as diferenças
É importante pensarmos na diferença entre permitirmos que os nossos filhos frequentem atividades extracurriculares, acompanhando-os no incentivo e nas boleias ou fomentarmos uma carreira e uma atividade laboral em crianças de oito anos de idade.
Há alguns anos, as minhas filhas frequentavam aulas de ballet na escola. Eu tinha tido aulas em criança, com uma professora “à antiga”: dura, rígida, daquelas nas quais um silêncio significava que estava muito bem uma vez que nunca lhes sairia um elogio. Os comentários que ouvia por parte das minhas filhas não eram muito abonatórios: que a professora só ligava a duas ou três, que era pouco simpática e ainda menos paciente. Quando a conheci, a primeira coisa que me disse foi que uma das minhas filhas tinha mais jeito do que a outra. Naquele momento a decisão que já se estava a formar de as tirar do ballet foi tomada.
Não é isto que se espera de uma professora de crianças de seis anos que lecciona uma atividade extracurricular. Não me parece aceitável que professores de crianças pequenas se foquem mais “no jeito”, no desempenho ou que tenham uma postura mais de olheiros à procura do talento do que pedagogos. Não estão no sítio certo. De um professor de crianças de qualquer atividade espera-se que ensine a componente técnica e que ensine a aprender, a evoluir, a lidar com a frustração, a aceitar falhar e perder e, (não negociável) a aprender o amor próprio e respeito incondicional por nós mesmos e pelos outros, independentemente dos resultados.
Se este é um problema com professores ou treinadores, ainda se pode tornar mais grave quando vemos pais que têm também eles esta postura, os “pais manager”: encontraram um talento nos filhos e dedicam-se a desenvolvê-lo. Não raras vezes e não por coincidência, o talento é numa atividade que lhes interessa e para a qual “não tiveram as condições” que agora proporcionam aos filhos. E aqui é importante pensarmos na diferença entre permitirmos que os nossos filhos frequentem atividades extracurriculares, acompanhando-os no incentivo e nas boleias ou fomentarmos uma carreira e uma atividade laboral em crianças de oito anos de idade. É que num enquadramento diferente estaríamos a falar de trabalho infantil.
Mas quais são as diferenças?
- O facto de a atividade ser prioridade na vida da criança e da família. Os jogos ou torneios ao fim de semana condicionam em certo grau a vida familiar, mas uma coisa é haver alguns fins de semana em redor da atividade, outra são os planos da família dependerem da atividade da criança.
- Quando a atividade é vista pelos adultos como central nos projetos de futuro da criança. Os próprios pais instigam o filho a encarar esta atividade como uma carreira e vivem as angústias do falhanço e a euforia do sucesso como se disso se tratasse. Já deixando de lado a hipótese de uma lesão poder deitar sonhos por terra, o bom senso diz-nos que ninguém deveria ter de escolher o que vai ser quando for grande aos sete anos. Este tipo de visão partilhada acaba por estreitar as áreas de competência em que a criança se sente à vontade. O seu valor fica demasiado dependente de “ser bom” na atividade que pratica o que pode comprometer o seu desenvolvimento socioemocional.
- A existência de um investimento emocional, financeiro e ocupacional dos pais. Quando os próprios pais tomam esta atividade dos filhos como central na sua vida, sacrificando-se a diferentes níveis para que estes a possam praticar. Esta escolha dos progenitores ainda pode criar mais peso para a criança, ao perceber que o seu desempenho é central para a realização dos pais. Por outro lado, vai fazer com que as conversas familiares girem demasiado em redor deste tema, tirando espaço a outros interesses.
- A pressão para resultados e para a excelência no desempenho. É na atividade, no empenho e no esforço que a tónica deverá estar. Quem vive dos resultados são os adeptos, aos pais cabe apoiar e mostrar que estão lá quer corra bem quer corra mal. O cúmulo desta atitude será ouvir progenitores que falam no plural sobre os resultados dos filhos: “perdemos”, “ganhámos”…etc.
- A criança não ter poder de escolha para continuar, desistir ou dedicar-se menos à prática da atividade. Por vezes a própria criança já não quer continuar, mas não sente o direito de o dizer ou de o fazer. Aparecem as dores de barriga, os enjoos e outras razões plausíveis para não irem treinar. É crucial que a criança saiba que pode parar, desistir, e que não foi tempo perdido. Foi uma atividade que o ajudou a superar dificuldades, a ganhar hábitos de treino, a lidar com os colegas e adversários, a conhecer-se melhor.
Na infância, os adultos são vistos como os detentores da verdade, não apenas acerca da área que ensinam mas, também, é com eles que aprendemos como somos. Por isso, a ausência de elogios, de incentivo, a humilhação perante os erros, a rejeição das falhas, ser preterido, ser bem ou mal tratado dependendo dos resultados tem um impacto no amor próprio da criança e do adulto em que se vai tornar. Daí o privilégio e a responsabilidade que temos como educadores.
Mas, e se houver mudanças no modo como os pais e professores olham para as atividades extracurriculates dos filhos? O mundo vai ter piores atletas ou artistas? Provavelmente sim. No entanto, parece-me que o mundo precisa mais de pessoas completas e compassivas do que de pessoas perfecionistas, individualistas e competitivas, numa dependência incessante de resultados para atingir momentos de bem estar."
Artigo no Sapo Lifestyle:
Ana Moniz
Psicóloga e coach, psicoterapeuta de adolescentes e adultos, autora de “Este Livro Não é Para Fracos”, sobre a necessidade de termos coragem e de a ensinar mesmo aos mais pequenos
Oiça o podcast no link:
https://observador.pt/programas/convidado-extra/ana-moniz/?fbclid=IwAR3RnhPsrI9fZhzri3KLeVjrTyu0Y84e6GOFPPNZqr-dr5znFfYwpF_UAnI
Educar também é reconhecer
Um prémio sem elogio vale muito pouco. A psicóloga Ana Moniz defende que faz sentido reconhecer o esforço de uma criança com um presente e com palavras de apreço.
O esforço das crianças deve ser valorizado.
A psicóloga Ana Moniz explica que "o prémio aumenta a probabilidade de o comportamento voltar a acontecer".
Todavia, Ana Moniz considera que o elogio é mais importante do que o prémio ou até mesmo que o resultado.
Educar também é reconhecer e "um presente sem elogio tem muito pouco impacto na construção da criança", sublinha a psicóloga.
https://www.tsf.pt/programa/tsf-pais-e-filhos/educar-tambem-e-reconhecer--12174797.html
Voltar à rua durante a pandemia. "Temos de aprender a viver com o medo"
Aprender a gerir o medo e o risco que viver implica é o que a psicóloga e psicoterapeuta Ana Moniz mais trabalha no seu consultório. Agora mais, desde que uma ameaça chamada covid-19 ativou o modo de sobrevivência com que os humanos vêm programados para responder ao perigo. Na primeira semana de "desconfinamento", falámos com a autora de Este livro não é para fracos para perceber o medo de sair de casa e como vencê-lo.
Depois de dois meses confinados, situação que a generalidade da população portuguesa aceitou e cumpriu de forma voluntária e responsável, quando se inicia o desconfinamento há muita gente que teme sair de casa. É uma reação normal
Sim. Do ponto de vista psicológico é muito mais fácil evitar situações de risco do que gerir o medo que elas provocam. O que nos foi pedido foi que evitássemos uma situação de risco, ficando em casa, e, no caso de termos que sair, seguíssemos uma série de procedimentos de proteção, nossa e dos outros.
Isto criou uma sensação de controlo sobre a situação, que nesta nova fase não tem condições para existir do mesmo modo. Ainda que eu faça o que posso e devo fazer para me proteger, não estou numa situação de risco zero e isto obriga a uma coisa, muito trabalhada em psicoterapia, que é a gestão do risco e do medo.
Artigo completo no Diário de Notícias:
https://www.dn.pt/edicao-do-dia/07-mai-2020/voltar-a-rua-durante-a-pandemia-temos-de-aprender-a-viver-com-o-medo-12155917.html
"É essencial focarmo-nos mais nas práticas que nos protegem do que no medo"
Com o aliviar das restrições, começam a surgir novos desafios. E nesta nova fase que se aproxima, a psicóloga Ana Moniz aconselha os pais a não repetirem sempre o mesmo discurso.
Depois de uma fase em que aquilo que nos foi pedido para proteção foi o confinamento, agora começa uma fase com novos desafios: vamos começar a sair à rua e a estarmos expostos a algum risco.
A psicóloga Ana Moniz relembra que as práticas de segurança, são a melhor forma de proteção e é isso que deve ser transmitido às crianças, sem alarmismos.
"O nosso sistema de alerta tem a tendência para ampliar algumas ameaças. A certo ponto já não nos está a proteger, já só está a perturbar-nos e a provocar-nos uma ansiedade permanente", afirma a psicóloga.
Para evitar criar medo nos miúdos, "é essencial focarmo-nos mais nas práticas que nos protegem".
https://www.tsf.pt/programa/tsf-pais-e-filhos/e-essencial-focarmo-nos-mais-nas-praticas-que-nos-protegem-do-que-no-medo-12140957.html
Tomar decisões: aceitar perder para poder ganhar
Um texto de Ana Moniz, psicóloga e psicoterapeuta, da Psinove.
em Sapo Lifestyle
“As decisões são muito dispendiosas, custam-nos todas as outras opções” (Irvin Yalom)
"Uma das razões pelas quais as pessoas procuram terapia é por terem dificuldade em fazer escolhas. Tenho notado que, frequentemente, não é uma escolha pontual, uma fase crítica na vida que impede que o paciente tome uma decisão na situação presente. Muitas vezes, o que está por trás desta dificuldade é uma ideia acerca de o que é “uma boa escolha”. Assim uma boa escolha deveria ser algo:
Que não implicasse perder algo, apenas deveria ter ganhos;
Que não trouxesse risco ou ambiguidade, que esteja já claro tudo o que esta escolha vai trazer;
Que seja consensual e apoiada por todas as pessoas à nossa volta;
Que seja vista como a escolha perfeita em qualquer altura do futuro próximo ou longínquo.
Lendo assim tão claramente, arrisca-se dizer que todos sabemos que tal não é possível, mas vamos analisar cada um destes aspetos.
Se uma escolha apenas tivesse ganhos, então, nem nos apercebíamos que estávamos a escolher, avançávamos simplesmente. Só que mesmo as mudanças boas trazem perdas. O importante é aceitar que estas podem vir e despedir-se do que gosta na situação atual: quando nos decidimos pelo fim de uma relação amorosa ou escolhemos mudar de emprego, temos pena de perder o que de bom havia. É natural, é saudável e não significa que fosse melhor tomar uma decisão diferente desta.
As pessoas, regra geral, toleram mal a ambiguidade, a incerteza. Algumas culturas ainda toleram pior. De acordo com Geert Hofstede, que cito no livro “Este livro não é para fracos: como agir com coragem está ao alcance de todos”, Portugal é uma das culturas dos 76 países estudados que pior tolera a incerteza. Ditados populares como “antes um pássaro na mão do que dois a voar” ou aqueles conselhos/ameaças que damos por nós a dizer “olha que depois ainda pode ser pior…” são bastante dissuasores quando se trata de tomar decisões. Acontece que não é por decidir não tomar decisões que o risco desaparece e se estamos à espera de controlar todas as variáveis para ser altura de mudar, corremos o risco de passar a vida em standby. A crise que estamos a viver nos últimos meses com esta pandemia mostra bem o quanto é impossível prever e controlar tudo.
A tentação de apenas avançar na nossa decisão se todas as pessoas importantes para nós concordarem e apoiarem, pode ser uma armadilha e uma ilusão. As pessoas, por muito boa intenção que tenham, vão-nos dar a sua visão, dependendo da sua posição e do impacto que a escolha tem para elas, a sua história, as suas experiências passadas e expetativas futuras. Ninguém está onde nós estamos, ninguém tem os dados todos. Só nós conhecemos os factos, o que sentimos, o que queremos, aquilo de que temos medo. Assim, pode ser uma armadilha porque se ouvirmos diferentes pessoas podemos ficar bloqueados sem conseguir decidir porque as opiniões divergem. E é uma ilusão porque, por muito que todos concordem, a decisão é sempre individual e solitária. A responsabilidade das minhas escolhas como adulta não pode ser partilhada. Todos sabemos que é uma tentação culpar outros, mas geralmente resulta numa série de mágoas com as pessoas que culpamos pelas nossas escolhas e numa sensação de impotência e falta de autoconfiança perante a vida.
Sobre a exigência de tomar a decisão perfeita, partilho a história de um paciente que três meses antes de começar a pandemia decidiu finalmente despedir-se e começar a trabalhar como freelance. A sua área de negócio está a ser bastante afetada e, apesar de ter garantido segurança financeira por um largo período de tempo, os seus planos estão longe de se estar a cumprir. Em cima da dificuldade da situação, ele sente uma culpa enorme e a ideia “Mas porque é que eu decidi isto?” vai ruminando e minando a sua confiança. Em sessão, discutimos este tópico, o quanto era imprevisível e como seria viver sendo tão exaustivo na procura do que pode correr mal ao mudar de trabalho que chegássemos a cenários de pandemias ou meteoritos a colidir com a terra.
Trago este exemplo para falar provavelmente da maior fonte de sofrimento na tomada de decisões: uma autocrítica feroz e injusta, que se algo correr mal vai olhar para a decisão fora do seu contexto, culpando o próprio por algo que não sabia e que não tinha como saber. E é por aqui que o trabalho terapêutico muitas vezes começa - por desenvolver a compaixão e gentileza connosco próprios para que nos possamos apoiar quando a realidade se torna mais difícil. Porque viver tem riscos e todos nós fazemos o melhor que podemos com o que sabemos.
Ana Moniz - Psicóloga e Psicoterapeuta e autora de “Este livro não é para fracos: como agir com coragem está ao alcance de todos"
Link do artigo:
https://lifestyle.sapo.pt/vida-e-carreira/comportamento/artigos/tomar-decisoes-aceitar-perder-para-poder-ganhar?fbclid=IwAR1R9p5h5AImO41j_uHRc1024Rmicf9ChBLi5JOFFVLHRDN_YpFy0ME3DZU
É preciso viver com a falta de respostas definitivas
É preciso usar máscara? Sim ou não? A ambiguidade e a falta de certezas podem causar ansiedade a adultos e crianças.
A psicóloga Ana Moniz afirma que é preciso aprender a viver com a falta de respostas definitivas.
A psicóloga sublinha que os estudos apontam Portugal como um país tolerante ao que é ambíguo e incerto apesar de "desde crianças procurarmos o que é certo e errado ou o inseguro e o seguro."
Num contexto de pandemia, a definição de certo e errado está em constante mutação. Também não há situações de risco zero, por isso é "importante ganharmos alguma robustez emocional" numa altura em que não existem certezas absolutas.
Ana Moniz recorda que é essencial transmitir tranquilidade às crianças. Quando elas fazem perguntas e os pais não sabem responder, devem admiti-lo.
"Não sabemos, mas vamos vendo e fazendo o que podemos com aquilo que nos vão dizendo", sublinha a psicóloga.
https://www.tsf.pt/programa/tsf-pais-e-filhos/e-preciso-viver-com-a-falta-de-respostas-definitivas--12104888.html
Ana Moniz: “É preciso saber gerir o medo para que o pior de nós não venha ao de cima”
Em tempos de Covid-19, o medo é útil mas também nos afasta de algo essencial: a coragem. A psicóloga Ana Moniz lembra-nos de como é importante tê-la, não só em tempos excecionais mas também no dia a dia. E como a podemos trabalhar.
Ler a entrevista no site da Playboy:
https://playboy.pt/playtalks/ana-moniz-preciso-saber-gerir-medo-pior-nos-nao-venha-ao-cima/
Veja o episódio completo no link:
https://www.rtp.pt/play/p6714/e463133/sociedade-civil
As pandemias do isolamento e da violência doméstica. E como os livros podem ajudar
Ao confinar as pessoas em casa, o novo coronavírus poderá desencadear outras pandemias. Para combater a solidão, importa “manter uma comunicação regular”, sem descurar o “autocuidado”. Para evitar a tensão doméstica, urge “adiar ou abdicar de temas crónicos de discussão”, sem esquecer “a responsabilidade social de intervir e denunciar situações de violência emocional ou física”. São recomendações de uma psicóloga e de um psiquiatra.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a doença provocada pelo coronavírus Covid-19 como uma pandemia. “Podemos esperar que o número de casos, mortes e países afetados aumente”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, na semana passada, justificando a declaração de pandemia com “os níveis alarmantes de propagação e inação”. Uma pandemia ocorre quando uma doença se espalha por um grande número de regiões no globo. No entanto, com as pessoas confinadas em casa, há outras pandemias a considerar. A psicóloga e psicoterapeuta Ana Moniz aponta duas: “a pandemia da solidão e a pandemia da tensão e da violência doméstica”.
“A solidão tem efeitos negativos, sobretudo para quem não tiver outra forma de manter os contactos que lhe fazem bem. Se calhar não tanto já, nestes primeiros dias, porque estamos em modo de sobrevivência e aceitamos melhor a frustração e a privação por estarmos mobilizados pelo medo e pela proteção”, refere ao Expresso. Mas a situação pode agravar-se “caso deixe de ser totalmente possível sair de casa”, adverte. Para pessoas que vivem sozinhas mas têm namorado ou companheira à distância, para pais divorciados e filhos que não estão juntos em quarentena, “a sugestão é manter uma comunicação regular, de modo a que o dia a dia possa ser partilhado”. Para casais separados que não tenham uma relação fácil com o outro progenitor, é importante “facilitar o contacto, privilegiando o interesse da criança”.
Artigo completo no Jornal Expresso:
https://leitor.expresso.pt/diario/quinta-67/html/caderno1/temas-principais/as-pandemias-do-isolamento-e-da-violencia-domestica.-e-como-os-livros-podem-ajudar?fbclid=IwAR2yt_KE2-YsrkEMJ-CrW-roQE701kx7yLT14omOGslw9hA6d2QzdLw208I
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